Preservar
os monumentos, as ruínas, os sítios históricos é algo que tem que
ir pra além do dever institucional, legal ou obrigação de governo.
É uma tarefa de todos e, mais ainda, daqueles obviamente que têm o
dever de fazê-lo. Afinal, são testemunhas oculares que “falam”,
“testificam”, “revelam” eventos, fatos, e que compõem a própria História de
um povo. O valor envolvido, monetariamente falando, é incalculável.
Está pra além do valor de moeda. O valor é HISTÓRICO.
–
Quanto se deveria pagar pelas ruínas da cidade de Machu Picchu,
vestígios únicos do Império Inca (e que, tendo passado às margens
da devastação monstruosa causada pela colonização espanhola no
século XVI, nos revela a grandiosidade desse Império)?
_ E
o preço a ser pago à Acrópole com seu imponente Partenon (o mais
importante monumento da civilização clássica grega)?
–
E quanto às ruínas da cidade de Petra, na Jordânia?
–
E qual o valor das “ruínas de Paricatuba” (localizadas na Vila de Paricatuba, no
Município de Iranduba/AM, cerca de 40 minutos de Manaus)?
Mas, e quanto a Paricatuba e suas ruínas? Tristemente se percebe
que nenhum valor é dado, pelo poder público, a essas ruínas que
revelam um momento de nossa História, que remonta ao século XIX.
Não obstante o Governo, vez ou outra, sinalizar a intenção de cuidar desse patrimônio (mais que público, histórico).
Fato é que agora, neste momento, a realidade é de abandono total
como já se tem por vários anos. Sem a menor gestão do poder público quanto a implantação de ações voltadas para sua preservação e cuidados necessários, e de programa e projetos voltados para o fomento à visitação sistemática, levando o turista, pra além de desfrutar das belezas naturais do município e da Vila, a conhecer, sentir e presenciar a própria História do Amazonas, ali congeladas nas ruínas históricas daquele conjunto arquitetônico que hospedou de imigrantes italianos a alunos, prisioneiros da justiça a enfermos. E hoje serve de residência para a própria natureza que o cerca.
Vamos avançar e intensificar às visitas a Vila de Paricatura e... conhecer as ruínas de nossa História!
(*) Produção Textual: J. Lúcio S. Pereira
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